O Diretor-Geral da CIP, Rafael Alves Rocha, foi keynote speaker no evento de lançamento do Guia Hays 2025, uma análise abrangente sobre as mais recentes tendências salariais e de recrutamento do mercado de trabalho qualificado em Portugal. O evento reuniu especialistas para discutir os desafios e oportunidades do mercado laboral no próximo ano.
Na sua intervenção, Rafael Alves Rocha abordou a crescente escassez de mão de obra, tanto qualificada como indiferenciada, que afeta as empresas portuguesas. Apesar do aumento da imigração, persiste um desfasamento significativo entre as competências disponíveis no mercado e as necessidades das empresas, sobretudo em setores altamente especializados e em territórios de baixa densidade populacional.
Para colmatar este desafio, o Diretor-Geral da CIP defendeu um maior investimento no ensino tecnológico e profissional, na reconversão de licenciados e na formação ao longo da vida, de modo a reforçar as competências dos trabalhadores e promover a modernização das empresas. Adicionalmente, sublinhou a importância de condições legislativas, fiscais e financeiras que incentivem as empresas a investirem na qualificação interna dos seus colaboradores.
Rafael Alves Rocha alertou ainda para a necessidade de Portugal definir uma estratégia clara para a atração e retenção de talento, oferecendo não apenas salários competitivos, mas também infraestruturas de qualidade, acesso a habitação, oportunidades de carreira e equilíbrio entre vida pessoal e profissional. No que diz respeito à mão de obra indiferenciada, reforçou a urgência de garantir salários justos, dignidade material e acesso a serviços públicos essenciais, promovendo assim a inclusão social e a valorização dos trabalhadores imigrantes.
Portugal enfrenta desafios significativos na adaptação ao mercado de trabalho do futuro, mas, segundo Rafael Alves Rocha, uma estratégia integrada e concertada pode garantir a formação, atração e fixação do talento necessário para impulsionar a economia nacional.
A edição deste ano do Guia Hays baseia-se num inquérito a mais de 900 empregadores e 2800 profissionais, evidenciando um mercado de trabalho dinâmico, mas com desafios significativos. Entre as principais conclusões, destaca-se a resiliência dos empregadores em Portugal e a crescente necessidade de adaptação às novas realidades do mundo do trabalho.
O evento proporcionou uma plataforma privilegiada para a partilha de estratégias de atração e retenção de talento, bem como para a reflexão sobre as mudanças que estão a moldar o mercado laboral.
