Há sinais de que a fase mais baixa do ciclo já foi ultrapassada, mas na envolvente externa há sérias ameaças de natureza económica, política e geopolítica que se acumulam.
Já está disponível aqui a publicação trimestral de análise de conjuntura Envolvente Empresarial – Análise de Conjuntura, referente ao quarto trimestre de 2024, uma iniciativa conjunta AEP, AIP e CIP.
Nesta edição realçamos:
- Os novos cortes nas taxas de juro referência do Banco Central Europeu, em outubro e dezembro.
- As ameaças para o comércio internacional de políticas protecionistas da nova administração norte-americana.
- A aprovação na especialidade do Orçamento do Estado para 2025, destacando-se a redução da taxa de IRC.
- A aprovação em Conselho de Ministros da Agenda para a Simplificação Fiscal.
- A manutenção, no terceiro trimestre, do fraco ritmo de crescimento em cadeia registado no trimestre anterior.
- A aceleração (embora ligeira) do indicador coincidente do Banco de Portugal para a evolução homóloga tendencial da atividade, pela primeira vez desde o segundo trimestre de 2023.
- A melhoria do indicador do consumo privado, o que se deve refletir no reforço do contributo do consumo privado para o crescimento económico nos próximos meses.
- Os dados mais prospetivos do indicador de clima do INE, que apontam para um fortalecimento da atividade económica nos próximos meses.
- A revisão em alta, pelo Banco de Portugal, das projeções de crescimento económico para 2024 e 2025, face às projeções de outubro (para 1,7% e 2,2%, respetivamente).
- Os riscos que a economia portuguesa continua a enfrentar, como o fraco crescimento económico e a instabilidade política nos principais clientes externos, as crescentes tensões geopolíticas que afetam o comércio internacional e as previsíveis agendas protecionistas no horizonte (nomeadamente dos EUA).
- O aumento de 8,3% do número de empresas com processos de insolvência em 2024.
- A ligeira melhoria da dinâmica comercial com o exterior entre janeiro e novembro de 2024, com um aumento homólogo das exportações e importações de bens de 3,0% e 1,7%, respetivamente.
- O aumento do excedente da balança de serviços nos primeiros 11 meses do ano, continuando a beneficiar do contributo da rubrica de viagens e turismo, ainda que em contínua desaceleração.
- A continuação da tendência descendente das taxas Euribor, refletindo a política monetária menos restritiva adotada pelo BCE e uma maior confiança dos mercados sobre o controlo da inflação.
- A aceleração, entre setembro e novembro, do crédito das Instituições Financeiras Monetárias às Sociedades não financeiras.
- A estabilização da taxa de desemprego no terceiro trimestre em 6,1%. Nos últimos meses (até novembro) o aumento da população empregada tem continuado a absorver (quase totalmente) o aumento da população ativa.
- A redução do preço de venda final do gasóleo, no último trimestre de 2024, apesar do aumento do peso da tributação, decorrente do efeito do descongelamento gradual da taxa sobre as emissões de CO2.
- O aumento da taxa de inflação homóloga de Portugal no quarto trimestre de 2024.
- A depreciação do euro face ao dólar no quarto trimestre de 2024.
- O aumento homólogo de 76% do excedente externo nos 11 primeiros meses de 2024, refletindo a forte melhoria da balança corrente.
- A redução da dívida pública para 97,5% do PIB no terceiro trimestre de 2024, invertendo a tendência de aumento registada desde o primeiro trimestre.


